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Rinocostela: procedimento usa costela para remodelar

A técnica tem sido usada para corrigir deformidades graves, como desvios acentuados, colapsos nasais, casos de reconstrução nasal após traumas ou doenças que comprometem a estrutura do nariz, como o câncer de pele

A rinocostela é ideal para reconstruções complexas pois possui maior densidade e resistência | Foto: NOA


Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o Brasil está entre os líderes mundiais em rinoplastia, com cerca de 90 mil procedimentos realizados anualmente. Entre as técnicas realizadas, está a rinocostela, quando a cartilagem da costela do próprio paciente é utilizada para reconstruir o nariz. Mas, afinal, quando esse procedimento é realmente indicado?

A médica Maria Augusta Aliperti, otorrinolaringologista e especialista em rinoplastia, explica que a rinocostela é uma solução eficaz para pacientes que precisam de um suporte estrutural mais robusto no nariz, especialmente em casos de cirurgias reparadoras ou quando o paciente já não possui cartilagem suficiente no septo nasal. "Muitas vezes, em rinoplastias primárias ou em pacientes que já passaram por cirurgias anteriores, a cartilagem do septo é insuficiente para os ajustes necessários. A cartilagem da costela oferece uma quantidade maior de material e uma estrutura mais firme, permitindo resultados mais precisos e duradouros", detalha Aliperti.


A técnica tem sido especialmente recomendada para pacientes que apresentam deformidades graves, como desvios acentuados ou colapsos nasais. "A rinocostela é ideal para reconstruções complexas. A cartilagem da costela possui uma densidade e resistência que favorecem a estabilidade do novo formato nasal", afirma a médica. No entanto, ela destaca que, apesar dos benefícios, o procedimento é mais invasivo, pois envolve uma incisão na região torácica para a remoção da cartilagem, o que exige maior cuidado no pós-operatório.

Maria Augusta também observa que a rinocostela é amplamente utilizada em casos de reconstrução nasal após traumas ou doenças que comprometem a estrutura do nariz, como o câncer de pele. "Em pacientes com deformidades severas, a cartilagem da costela permite uma reconstrução mais fiel à anatomia natural, além de proporcionar maior durabilidade ao resultado", diz.

Ainda que a rinocostela ofereça vantagens em casos específicos, a médica alerta que nem todos os pacientes são indicados para essa técnica. "Cada caso deve ser avaliado individualmente. A rinocostela é indicada quando há necessidade de maior quantidade de cartilagem ou em pacientes com estrutura nasal muito comprometida. Para rinoplastias mais simples ou correções menores, o septo nasal ainda pode ser a melhor opção", esclarece a especialista.

A recuperação da rinocostela tende a ser mais delicada do que em uma rinoplastia tradicional. O tempo de recuperação total pode variar de seis a 12 meses, dependendo da complexidade do procedimento. "Além do tempo de recuperação nasal, o paciente também precisa lidar com o período de cicatrização da retirada da cartilagem na costela. No entanto, os resultados são extremamente satisfatórios", reforça a otorrinolaringologista.

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