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O acidente radiológico de Goiânia

O documentário Césio 137: O Pesadelo de Goiânia é um filme brasileiro lançado em 1990, que aborda a história do trágico acidente radiológico que ocorreu em Goiânia, em 1987, quando um aparelho de radioterapia, abandonado em um hospital desativado, foi retirado e desmontado por catadores de sucata. Havia no equipamento uma cápsula contendo o isótopo radioativo césio-137. Sem saber dos riscos do material, a cápsula foi aberta, resultando em exposição à radiação, doenças graves e mortes.

O invólucro continha 19 gramas de um pó luminescente que brilhava no escuro, e acabou sendo distribuído para a população, devido ao encantamento que causava por conta de seu brilho azulado, e que desencadeou uma crise radiológica sem precedentes, foram identificadas 249 pessoas contaminadas com radiação. O longa-metragem lança luz sobre as deficiências no gerenciamento de materiais radioativos no Brasil naquela época, e explora as consequências humanas e sociais por meio de depoimentos de pessoas que estiveram diretamente envolvidas no evento e outros sobreviventes.

O meio-ambiente também foi afetado no desastre, pois as partículas de césio começaram a se dispersar por ação do vento, contaminando o solo, as plantas, animais e a água. Para controlar a situação e conter a contaminação, o Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste (CNEN), construiu um repositório definitivo deste material, localizado a 23 km de Goiânia, na cidade de Abadia de Goiás e realiza a monitoração dos rejeitos radioativos e o controle ambiental.


Principais características do Césio-137


O césio-137 (Cs-137) é um isótopo radioativo do elemento químico césio, um metal alcalino que, em sua forma estável, não é radioativo. No entanto, o césio-137 é um isótopo instável, o que significa que ele sofre decaimento radioativo, emitindo partículas e radiações ionizantes.

A principal característica do césio-137 é a sua emissão de radiações gama, que são raios altamente energéticos e penetrantes. Essas radiações gama podem causar danos aos tecidos vivos e representam um risco significativo para a saúde humana se não forem manuseadas com cuidado.

O Cs-137 é produzido em reatores nucleares como subproduto da fissão nuclear do urânio-235. Além disso, é usado em várias aplicações industriais e médicas. Algumas de suas aplicações incluem o tratamento de câncer: O Cs-137 por meio de radioterapia para tratar alguns tipos de câncer. Ele é encapsulado e utilizado de forma controlada para irradiar tecidos cancerosos, destruindo células cancerígenas. Medidores de nível: Devido à sua capacidade de emitir radiações gama, o Cs-137 é utilizado em medidores de nível para determinar o nível de líquidos em tanques ou recipientes.

Devido à sua radioatividade, o Cs-137 é extremamente perigoso quando não é manuseado de forma adequada. A exposição direta a esse isótopo pode causar danos às células, aumentar o risco de câncer e provocar efeitos graves na saúde. Portanto, é fundamental que o elemento seja manuseado por profissionais treinados e em instalações seguras, seguindo as regulamentações de segurança radiológica. A catástrofe envolvendo o isótopo, ocorrida em Goiânia, demonstrou os perigos associados a uma manipulação inadequada desse material radioativo.

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