O hormônio em níveis adequados promove o bem-estar geral, estimulando a energia, a autoestima e a função sexual.
Nas mulheres é produzida nos ovários e nas glândulas adrenais | Foto: SBEM
A testosterona é um hormônio esteroide do grupo dos androgênios, presente tanto em homens quanto em mulheres. Nos homens, é produzida principalmente nos testículos, enquanto nas mulheres é produzida nos ovários e nas glândulas adrenais. Esse hormônio desempenha várias funções importantes no corpo.
Durante a puberdade, a testosterona é essencial para o desenvolvimento sexual. Nos homens, promove o crescimento dos órgãos genitais, o surgimento de pelos e a mudança na voz. Nas mulheres, também contribui para o desenvolvimento sexual, embora em menor quantidade. ✅Clique e siga Ciência Elementar no Instagram
Na fase adulta, a testosterona continua a desempenhar um papel crucial. Nos homens, é importante para a produção de espermatozoides, estímulo da libido e função sexual. Em ambos os sexos, o hormônio ajuda a manter a densidade óssea, estimulando a formação e inibindo a reabsorção óssea. Além disso, mantém a massa muscular, auxilia na regulação do humor, contribui para a autoestima, energia e disposição, aumenta o desempenho cognitivo, incluindo memória, atenção e raciocínio, e estimula a produção de glóbulos vermelhos, responsáveis pelo transporte de oxigênio no sangue.
Os níveis de testosterona variam ao longo da vida e entre os indivíduos. A diminuição da testosterona pode ser causada por duas razões principais: hipogonadismo e envelhecimento. O hipogonadismo é o mau funcionamento das gônadas, que são os testículos nos homens e os ovários nas mulheres. O envelhecimento também contribui para a diminuição dos níveis hormonais.
A baixa testosterona pode provocar alterações no humor, fadiga, depressão, redução do desejo sexual, diminuição da função cognitiva, osteoporose e perda de massa muscular. Já os níveis elevados podem estar associados a um aumento no risco de doenças cardiovasculares, apneia do sono, infertilidade, acne, oleosidade excessiva na pele, problemas no fígado, policitemia e risco aumentado de trombose. Outras consequências incluem edema, retenção urinária em pessoas com hipertrofia prostática, agravamento dos roncos e sonolência em quem tem apneia, problemas de próstata, disfunção erétil e ginecomastia nos homens.
Nas mulheres, a produção de testosterona ocorre de forma distribuída e varia com a idade e o ciclo menstrual. Mulheres jovens (16 a 21 anos) devem ter níveis entre 17,55 e 50,41 ng/dL, enquanto mulheres acima de 21 anos têm valores entre 12,09 e 59,46 ng/dL. Durante a menopausa, o valor pode chegar até 48,93 ng/dL.
A produção de testosterona ocorre em diferentes locais: cerca de 25% é gerada nos ovários, com a ajuda do LH (hormônio luteinizante) produzido pela hipófise; outros 25% são produzidos nas glândulas adrenais; e os restantes 50% vêm da conversão periférica de dois hormônios, a androstenediona e a DHEA (dehidroepiandrosterona), que são transformados em testosterona no organismo.
O diagnóstico de desequilíbrios hormonais é realizado através de exames de sangue que medem os níveis de testosterona. O tratamento varia conforme a causa do problema e pode envolver reposição hormonal, mudanças no estilo de vida, como prática regular de atividade física e dieta equilibrada, ou uso de outros medicamentos. Manter níveis adequados de testosterona e outro hormônios é fundamental para a saúde geral.