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INCA prepara protocolo para terapia CAR-T e visa democratizar acesso

Profissionais se preparam para dar início a pesquisa clínica em projeto inovador

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) está avançando na elaboração de um protocolo para acelerar e reduzir os custos de produção das células CAR-T no Brasil. A pesquisa, que obteve bons resultados na fase pré-clínica, tem como objetivo permitir a implantação dessa terapia no Instituto e, posteriormente, em todo o Sistema Único de Saúde (SUS).

Financiado pelo Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) do Ministério da Saúde, o projeto planeja tratar oito pacientes inicialmente, sendo três com leucemia linfoblástica aguda (LLA) e cinco com linfoma difuso de grandes células B. "Estamos trabalhando em uma pesquisa que pode assegurar acesso a uma tecnologia extremamente inovadora no tratamento do câncer", relata Martín Bonamino, líder do Programa de Terapia Celular e Gênica do INCA.

A terapia CAR-T, já disponível em alguns países, tem apresentado resultados promissores em pacientes com leucemia e linfoma. No entanto, sua produção e todo o processo terapêutico ainda são dispendiosos. O maior desafio é tornar essa terapia personalizada mais acessível.

Basicamente, a terapia CAR-T consiste em modificar as células do sistema imunológico do próprio paciente para combater o tumor. No INCA, os pesquisadores estão desenvolvendo um protocolo que utiliza um sistema não viral para acelerar a produção das células CAR-T. Com essa abordagem, o grupo é capaz de gerar as células em apenas oito dias, acelerando significativamente o processo.

Os resultados obtidos até agora foram promissores, melhorando as taxas de sobrevida global em animais enxertados com células leucêmicas humanas. Além disso, os resultados foram persistentes, sugerindo um potencial de controle da doença a longo prazo.

O projeto envolve uma equipe multidisciplinar do INCA, composta por pesquisadores da pesquisa básica e clínica, médicos, enfermeiros e profissionais de diversas áreas da oncologia e hematologia. A expectativa é que, com o desenvolvimento desse protocolo, a terapia CAR-T possa ser amplamente aplicada, trazendo esperança para pacientes oncológicos no Brasil.

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