Fenômeno foi observado em países onde é menos comum, como Portugal, Espanha, Reino Unido, além de localidades nos Estados Unidos e Canadá.
As auroras em roxo e rosa geralmente ocorrem em altitudes mais baixas como, onde a concentração de nitrogênio é maior | Foto: reprodução Instagram
Auroras boreais foram registradas em diversas regiões do Hemisfério Norte na noite de 10 de outubro. O fenômeno, geralmente visível em áreas próximas aos polos, foi observado em países onde é menos comum, como Portugal, Espanha, Reino Unido, além de localidades nos Estados Unidos e Canadá.
Os céus de várias cidades foram iluminados com tons de rosa e roxo, resultado de uma intensa tempestade solar. Na terça-feira, uma ejeção de massa coronal (CME) foi registrada na atmosfera do Sol, atingindo o campo magnético da Terra dois dias depois, na quinta-feira, o que desencadeou uma tempestade geomagnética.
Classificada no nível G4, em uma escala que vai de G1 a G5, a tempestade foi considerada de grande magnitude. A força do evento foi suficiente para que as auroras fossem vistas até em regiões mais ao sul, como a Flórida, nos EUA, e Cuba.
Apesar do espetáculo visual proporcionado pelas auroras, tempestades solares desse porte podem causar interferências em sistemas de comunicação e navegação, como satélites. Astrônomos afirmam que a tempestade geomagnética deve continuar, embora em menor intensidade, nas próximas horas. Regiões de latitudes mais altas, como o norte do Canadá, podem ter uma nova oportunidade de observar o fenômeno. As auroras boreais assumem uma variedade de cores, incluindo verde, rosa, violeta, azul, amarelo, e ocasionalmente, laranja e branco, dependendo das interações entre as partículas solares e os gases na atmosfera da Terra. Essas tonalidades surgem principalmente quando partículas carregadas, como elétrons e prótons, colidem com átomos de nitrogênio, que são excitados e emitem luz ao retornarem ao seu estado normal.
As auroras em roxo e rosa geralmente ocorrem em altitudes mais baixas como a troposfera, onde a concentração de nitrogênio é maior, enquanto as cores verdes, mais comuns, aparecem em altitudes mais elevadas como a termosfera, devido à predominância do oxigênio. Essa combinação de fatores contribui para o espetáculo visual das auroras boreais.